Em um mundo regido por telas, sons constantes e notificações, o silêncio passou a ser um bem escasso — e desejado. Hoje, mais do que um luxo, ele é uma necessidade vital. Desconectar-se do ruído cotidiano tornou-se um ato de autocuidado. É por isso que viagens de silêncio vêm ganhando espaço entre viajantes exigentes que buscam recarregar as energias, com profundidade e propósito.
Na BHV, chamamos isso de turismo contemplativo: jornadas desenhadas para quem quer fugir do excesso, viver em contato com a natureza e reencontrar o ritmo da própria respiração. Essas são viagens para reconexão interior, onde o tempo desacelera e o bem-estar é cultivado com intenção.
A seguir, reunimos lugares silenciosos para viajar que acolhem a pausa como protagonista. São retiros silenciosos, paisagens de beleza natural e propriedades selecionadas onde o silêncio não é ausência — é presença.
Butão: silêncio espiritual entre montanhas
O pequeno reino do Himalaia é considerado um dos destinos mais espirituais do mundo. O Butão não se promove com superlativos, mas com autenticidade. Lá, o silêncio faz parte do dia a dia, seja nos monastérios pendurados nas montanhas ou nos vilarejos onde a vida segue sem pressa.
Em retiros como os do Amankora, o viajante encontra experiências de silêncio combinadas com trilhas meditativas, alimentação orgânica e espaços para contemplação. Durante a viagem, é possível perceber o quanto o vazio pode ser preenchido por sentido.
Islândia: a grandeza do vazio
Na Islândia, o silêncio é moldado por vulcões adormecidos, campos de lava, lagos termais e a ausência absoluta de barulho urbano. É o tipo de destino que atrai quem quer fugir da superexposição das redes sociais e reencontrar-se em meio a paisagens quase lunares.
Hospedagens como o Deplar Farm oferecem luxo discreto e privacidade total. São ideais para praticar viagem mindfulness, com banhos quentes sob a aurora boreal, caminhadas em meio à natureza e momentos de pura introspecção. O silêncio aqui é regenerador — físico e emocional.
Patagônia: o vento como mantra
Entre lagos glaciais e montanhas monumentais, a Patagônia chilena e argentina oferece uma qualidade de vida rara. A imensidão da paisagem ensina a respirar diferente. Ali, o silêncio pode ser companhia e cura.
No Awasi Patagonia, cada cabana tem vista para o vale e distância estratégica de outras pessoas. As experiências incluem trilhas solitárias, piqueniques ao ar livre e noites estreladas em silêncio absoluto. Um convite a escutar o que a pressa encobre.
Japão: o refinamento do silêncio
No Japão, o silêncio é ritualizado. Seja em um passeio de barco por canais em Kyoto ou em um banho de floresta (shinrin-yoku), o país nos ensina que o luxo está no essencial. Ryokans em Hakone ou Koyasan oferecem ambientes perfeitos para a viagem introspectiva: quartos minimalistas, refeições servidas em silêncio, e a presença da natureza como aliada da alma.
É apenas no silêncio que se percebe o som do chá ao ser servido, o canto sutil dos pássaros e o sussurro das folhas. Um destino que fazem parte das experiências mais transformadoras da BHV.
Itália: mosteiros que acolhem o vazio
A Itália não vive só de arte e gastronomia. Seus mosteiros oferecem destinos para desligar do mundo em profundidade. O Eremo di Camaldoli, na Toscana, é um refúgio que abraça o silêncio sem exigir espiritualidade formal. Aqui, o hóspede pode passar dias em leitura, meditação ou simples contemplação — sem ruído, sem estímulo, sem distração.
A proposta é clara: permitir que o silêncio revele o que a pressa oculta.
Brasil: silêncio tropical e águas cristalinas
Mesmo no agito do Rio de Janeiro, é possível encontrar pockets de silêncio em retiros de serra. Mas para quem deseja isolamento verdadeiro, locais como a Chapada dos Veadeiros ou praias desertas em Alagoas oferecem destinos sem internet, natureza exuberante e águas cristalinas.
Hospedagens como o Botanique (em Campos do Jordão) ou casas boutique na Bahia oferecem privacidade, reconexão com o corpo e com o tempo — e o distanciamento necessário das demandas digitais.
Silêncio: terapia para os sentidos
Para quem vive sobrecarregado por estímulos, o silêncio não é vazio. É território fértil. O luxo emocional está em não ser interrompido, em dormir sem ruído, em acordar ouvindo o que está vivo dentro de si.
Essas viagens não prometem mudanças grandiosas. Mas podem fazer algo mais sutil: reposicionar a bússola interna, relembrar a potência da pausa e inspirar uma forma mais consciente de existir.
Curadoria BHV: onde o silêncio é bem-vindo
Na BHV, acreditamos que os melhores destinos não precisam falar alto. Eles apenas fazem parte da sua transformação. Por isso, selecionamos propriedades, experiências e contextos que permitem esse reencontro com o essencial.
Se você busca mais do que uma viagem — se deseja um tempo para si, para sua respiração, para sua própria presença — há um lugar te esperando.
E ele é silencioso.